Albânia: o mais afastado dos países próximos

A fotografia é poesia e não apenas a poesia. A luz existe realmente, as montanhas, o mar, as paisagens existem realmente com os seus habitantes que trabalham, que sonham, que cantam e que desencantam.

Sempre viajei, pelo menos tanto quanto podia com este gosto talvez imoderado pela liberdade; e não cessei de fotografar.

Há cerca de uma, duas, três décadas "cruzo" álbuns, livros de fotógrafos, exposições de fotógrafos, encontros de fotógrafos, faço-me à estrada, procuro um caminho, tento encontrar o itinerário de uma fotografia que me conta como vai a vida...e quando a olho murmura-me VIVA...a vida.

A Albânia, país "espelho", país singular pela sua história especialmente durante a segunda metade do século XX, é um destino que cobicei durante muito tempo; como a criança que espera ser alta o suficiente para olhar para o outro lado do muro.

Esta série de fotografias entre banal e ideal atesta simplesmente que dois encontros, um só sonho efectivamente existiram: viajar fotografar, trazer momentos com fortes emoções vividas; ser fotojornalista é sugerir a partir do que aconteceu.

Texto: Yves Rousselet
Tradução: Sofia Quintas