Guardiães do Tempo
2004
Queria conhecer pessoas. Durante alguns fins de semana movi-me numa periferia cujo raio não ultrapassou uma noite fora de casa.
Foi a descoberta de certos lugares como portais de um tempo a que recuei, acontecendo-me então pessoas daquelas que nos olham com um sentido de humanidade e planura de vida, e uma serenidade nos gestos que causam o espanto de existir.
São elas, em seus vagares, as guardiãs dos lugares e das memórias do tempo , calmos monumentos ao necessário e perene humanismo.
É nesta empatia, na explosão íntima de um momento, que se revela a eternidade dos rostos, que a ganharam por serem genuínos e sãos.
Também assim a realidade poética dos gestos captados se torna estreita pela placidez da distância vencida face à câmara fotográfica.
Exposição patente no FNAC ALMADA
de 04-jul-2005 a 07-out-2005