|
|
Texto |
Na escola havia um professor de barbas brancas que, todas as tardes, se sentava em cima da mesa do seu gabinete com as pernas dobradas uma sobre a outra. Alegava um problema de circulação qualquer, mas eu acho que o fazia para se sentir mais próximo de Deus. Acreditei em Deus apenas uma vez, quando julguei que ele me tinha abandonado. Como o procurei e ele não me apareceu, convenci-me de que a sua existência era tão nula como a sua não-existência e de que era mais fácil crer na não-existência.
...
Talvez um dia pegue fogo ao armário com o gato lá dentro. Se precisar de acreditar nalguma coisa, que seja em mim. |
|